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Todo o mundo

Link para estudo do material proposto.

 
Todo o mundo

 

Nos anos de 2010 e 2011 participei de uma pesquisa intitulada Cartografias infantis: a cidade pela infância, a fotografia pelas crianças, que fazia parte de um projeto da FUNARTE e do qual resultou meu trabalho de conclusão de curso de graduação em Pedagogia.  Os alunos da Turma do 4º ano do Marista Rosário, da Professora Suyan participaram de uma etapa da pesquisa e registraram o passeio realizado na estação de Tratamento de águas do DMAE da Rua Vinte e quatro de Outubro em Porto Alegre. Na etapa seguinte as crianças escolheram as fotografias que fariam parte da exposição realizada no colégio.

A pesquisa buscava entender as maneiras como um grupo de crianças se apropria e recria os espaços urbanos. Para isso foram  utilizadas as pistas do método cartográfico de Kastrup e Escóssia (2009) nesse rastreio e reconhecimento atento dos sentidos dados pelas crianças aos espaços urbanos. Para pensar sobre as crianças e as suas relações com esses espaços, dialogou com Deleuze & Guattari, entendendo que com eles podemos olhar e viver a cidade como um corpo urbano funcional (ainda que por vezes aparentemente caótico), no qual os lugares são demarcados para que a vida possa se efetivar com uma suposta segurança. A cidade, partindo deste princípio, apresenta-se como espaço estriado, um rugoso tecido que coloca as ações cotidianas à mercê desta engenharia. Nos espaços urbanos circula-se, habita-se, trabalha-se, diverte-se, brinca-se. Como considerações provisórias, percebo que a cidade – ou pelo menos uma das cidades possíveis, aquela capturada pelos olhares múltiplos das crianças quando olham para esta grande maquinaria que atende pelo nome cidade – ganha novas imprecisões em seus costumeiros contornos. Para quem quiser conhecer um pouco desse trabalho é possível consultar o texto na íntegra em:

http://sabi.ufrgs.br/F/UEQ48K9UI8JGL8GYTP8YIGMEPFYP5RG4VMNVAQM9AK58X95PQJ-22017?func=full-set-set&set_number=038643&set_entry=000009&format=999

 

 
[ Modificado: segunda, 1 Ago 2016, 21:24 ]
 
Todo o mundo

Fotografar é colocar na mesma linha a cabeça, o olho e o coração  é uma frase de Henri Cartier-Bresson, um fotógrafo que deixou imagens importantes do século XX como legado, e foi considerado por muitos como o pai do fotojornalismo. Ao fotografar os processos que acontecem na educação infantil alinhar a cabeça, o olho e o coração é uma importante orientação para iniciar os registros. 

Conheça um pouco das ideias e das fotografias de Henri Cartier-Bresson

https://www.youtube.com/watch?v=jKnoWF6-D1A

 

 
fim do dia...
por MÁRCIA REGINA DE SOUZA - terça, 26 Abr 2016, 15:28
Todo o mundo

Acredito na poesia, aquela que se escreve

Aquela que se vê todo o dia,

A poesia do ócio, do amor, do viço do ser

A poesia de noite, de tarde, ao amanhecer.

A poesia do chá, do café, do jornal,

Acredito na poesia normal.

Creio no poema-minuto,

No poema arguto, de face dolorida...

No poema-hora, aquele que demora

muito mais a chegar...

Creio na poesia do lar, na poesia senhora, sisuda

e cansada, na poesia jovem, indomada

que nunca quis se casar.

Acredito em toda poesia,

A que há e não há, na poesia boa e na má...

O mundo inteiro é poema dessa poesia do ar,

Pois a vida é aquilo que cria,

tece, acontece e desfia

a poética do amar.

(Márcia)

 

 

 

[ Modificado: terça, 26 Abr 2016, 15:30 ]
 
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Acredito que a natureza humana é essencialmente amorosa e que quando não demonstramos isso é porque há nuvens muito espessas escondendo o nosso sol. Nuvens de medo, dor, raiva, confusão. Mas o sol está lá, preservado, o tempo todo. Em algumas pessoas, mais do que em outras, parece que as nuvens demoram muito tempo a se dissipar, é verdade. Às vezes, podem até não dissipar durante uma vida inteira, é verdade também. Mas, à medida em que começamos a abrir o nosso coração, é inevitável não sentir que ser amáveis e cuidadosos uns com os outros não é um favor, uma concessão. Inevitável não sentir que o gostinho bom de dar amor é tão saboroso quanto o de recebê-lo.

Ana Jácomo

 
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  1. Introdução

 

Na sociedade contemporânea temos discutido muito a forma como o corpo estabelece relações com a sociedade Capitalista devido à importância adquirida por ele. Identificamos que longo do século XX o mesmo ganhou evidência pelas novas tecnologias, do marketing, de estilos de vida, e pelo desejo de obter a perfeição física exigida pelos padrões que a contemporaneidade exige. Neste ínterim, vimos discutindo a relação entre corpo mediante as transformações sofridas ao longo da construção da sociedade ocidental despertando o interesse em discuti-lo com mais profundidade.

O foco é pensar a relação entre corpo, trabalho e lazer na contemporaneidade, buscando refletir historicamente como os seres humanos no seu fazer histórico favoreceu o desenvolvimento e a consolidação do capitalismo. Como esse corpo foi ganhando evidência por meio do movimento das novas tecnologias e comportamentos, principalmente através do uso dos meios de comunicação. O estilo de vida e o desejo de obter a perfeição física levam o homem da sociedade industrial a buscar, excessivamente, um novo padrão de beleza, imposto pela indústria cultural, onde tudo pode virar mercadoria. Tendo estas reflexões, destacamos como objetivo geral deste texto, discutir a relação entre corpo, trabalho e lazer.

 

2. Metodologia: Caminhos percorridos

 

Trata-se de pesquisa qualitativa, a qual tem como objetivo perceber os significados, que vão além dos dados quantitativos. Nesse sentido, “[...] qualidade não pode ser apenas aquilo que não é quantidade [...]. Se qualidade é dimensão essencial da realidade social, deve aparecer de alguma forma [...]. Deve ser algo cuja importância e presença estejam no cotidiano [...]” (DEMO, 2008, p. 31).

Sobre isso, Minayo (2007) também ressalta que o universo das relações humanas, de suas representações e de sua intencionalidade, se constitui como objeto da pesquisa qualitativa.

Partindo desses pressupostos, realizou-se revisão bibliográfica sobre o tema em livros, artigos e produções científicas que discutem as relações de interface corpo/trabalho/lazer e a indústria cultural.

 

  1. Sobre o corpo

 

A modernidade traz, no seu bojo, um conjunto de transformações marcando uma nova visão de homem no mundo e, consequentemente, da sua corporalidade. Contrapondo a negação do corpo da mentalidade medieval, percebemos o hedonismo (culto ao prazer), emancipação do "sujeito cosmológico"; com uma crescente dessacralização da corporalidade.

Como percebemos, durante séculos, o mundo esteve preso primeiramente a uma visão idealista e depois materialista, chegando atualmente ao mundo globalizado, fortemente influenciado pela mídia, no qual o valor dado ao corpo está relacionado à lógica de mercado. A produção acadêmica deve contribuir para a análise do mundo moderno: supervalorização do corpo, padronização do "belo", perda de identidade e subjetividade. A partir dessa análise, entendemos o corpo, dentro da lógica capitalista a partir de três compreensões, dialogando com a produção de alguns autores. Neste caso o corpo pode ser (BAPTISTA; VILARINHO NETO, 2014):

 

Corpo Fetiche – Tratado como a mercadoria que é, apresenta um valor fantasmagórico. Vende a ideia de possuir capacidades acima da média, habilidades incomuns, produtividade, saúde e sensualidade, haja vista provocar inúmeros desejos. As promessas nem sempre são cumpridas, pois, segue a lógica da indústria cultural (Freud, Marx, Adorno).

Corpo Reificado – É compreendido como um corpo convertido em coisa (máquina), que possui uma racionalidade instrumental (racional, quantitativa, sem noção de totalidade, fragmentada). Tem como referência, os pressupostos de Lukács.

Corpo Administrado – Escarnecido, morto, controlado pela sociedade com consciência também fragmentada, induzida pela indústria cultural. Atende aos interesses da produção e do consumo e não compreende os seus determinantes (Adorno; Horkheimer).

Neste sentido, ao elaborar uma reflexão sobre a forma como a organização e a divisão do trabalho afetam o corpo e, como o capitalismo transforma o próprio corpo do trabalhador em uma mercadoria, pela venda da força de trabalho, na qual precisa considerar as dimensões produção, reprodução e consumo nos estudos sobre o corpo.

 

  1. Sobre Trabalho e lazer

 

O lazer cada vez mais se impõe como necessidade na vida das pessoas, assim como o trabalho. Apesar do acesso ao lazer ser definido como direito fundamental, reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU) e pela Constituição Federal de 1988, no seu artigo 217, assim como outras necessidades primárias, entre elas a habitação, saúde e trabalho. A própria Constituição o classifica, um direito social e de caráter fundamental não só para o crescimento do homem, mas de toda a sociedade:

 

[...] o lazer não é apenas concebido como um tempo de viver o prazer fora das obrigações da vida, ou como um tempo de nos ocuparmos com atividades que divertem, mas sim, [...] como fruto da conquista da liberdade ao lidar com atitudes, espaços, tempos e atividades que busquem superar os muitos dilemas sociais colocados com limites a essas conquistas (MORAIS, 1999, p. 33).

 

Assim, a busca e o reconhecimento do direito ao lazer ainda encontram obstáculos na definição do que seria o lazer e o que fazer para possibilitá-lo a todo cidadão. Todavia, o direito ao lazer nas relações de trabalho é um direito fundamental, sua aplicação e eficácia traduz-se na garantia da efetividade da dignidade do trabalhador, pois além de assegurar o desenvolvimento cultural, pessoal e social do mesmo, tem ainda por objetivo a melhoria da qualidade de vida, assim:

 

[...] o lazer tem íntima relação com o trabalho e com as demais esferas da vida do homem, e compartilho da ideia de que este poder ser mais um espaço de manifestação das contradições e conflitos presentes em nossa vida social, apontando para a possibilidade de contribuir para mudanças na ordem estabelecida, ao se trabalhar na perspectiva da emancipação” (ISAYAMA, 2007, p. 31).

 

Porém, na Lógica Capitalista, o lazer é invadido pela construção da ideia de indústria cultural. Corroborando com Adorno (1995, p. 76), vivemos numa sociedade administrada, numa sociedade que nos “[...] impinge o que deve ser o teu tempo livre”, e o vemos que cada vez mais “empurrado” para dentro de nossas casas, já que os espaços públicos de lazer são escassos e inseguros. Nesse entendimento, com a intenção de apresentar o quadro teórico deste ensaio, convém destacar o conceito de indústria cultural,

 

[...] pode ser entendida como um instrumento de pressão da sociedade sobre o indivíduo através da utilização de elementos culturais que se tornam acessíveis pelo cinema, pela televisão e por outros meios de comunicação de massa. Esses são utilizados como formas de cooptarem os indivíduos para uma atuação de acordo com os interesses e as necessidades do modo de produção, fazendo a lógica industrial prevalecer [...] também nas horas de repouso [...] (BAPTISTA, 2001, p. 74).

 

Diante do exposto, nessa compreensão do lazer à luz do conceito de indústria cultural, destacamos como função da Indústria Cultural: “[...] subordinar da mesma maneira todos os setores da produção espiritual a este fim único: ocupar os sentidos dos homens da saída da fábrica, à noitinha, até a chegada ao relógio de ponto, na manhã seguinte [...]” (ADORNO; HORKHEIMER, 1985, p. 123).

Segundo os autores supracitados, os indivíduos, na necessidade de momentos de lazer e fuga do trabalho, submetem-se aos produtos da indústria cultural. Havendo um lazer padronizado que, na verdade, converte as atividades de lazer em prolongamentos do trabalho. Assim, os autores diagnosticam a repressão às liberdades individuais, padronizando as massas, condicionando-as ao mundo do trabalho.

 

À guisa de conclusão

 

As reflexões aqui apresentadas visam contribuir com uma leitura mais refinada a partir das interfaces corpo, movimento e lazer, enquanto caminho possível para aproximar o referencial materialista histórico dos estudos da corporalidade é focalizá-la pelo trabalho. Com isso, essas considerações pretendem criar canais de diálogo entre os estudiosos das questões do corpo, e do mundo do trabalho, embasados em Marx e Adorno.

Aos estudiosos do trabalho e de Marx, que as questões do corpo, tanto no passado quanto hoje, sejam vistas como assuntos que extrapolam os problemas estéticos, localizados, consumistas e hedonistas; que também se configurem em um locus importante para entendermos as lutas que se estabelecem na sociedade em torno dos processos formativos, no qual é necessário um novo olhar sobre o corpo em movimento no lazer, assim como, Compreender a necessidade de construção de autonomia e emancipação pelo lazer.

 

PALAVRAS-CHAVE: Indústria Cultural, Corpo, Lazer, Corporalidade

 

Referências

 

ADORNO, Theodor W. Tempo livre. In: _____. Palavras e sinais: modelos críticos 2. Petrópolis: Vozes: p. 70-82, 1995.

ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.

BAPTISTA, Tadeu J. R.. Procurando o Lado Escuro da Lua: implicações sociais da prática de atividades corporais realizadas por adultos em academias de ginástica de Goiânia. Dissertação (Mestrado em Educação Brasileira). Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2001. 200 f.

BAPTISTA, T. J. R.; VILARINHO NETO, S. O corpo em relação: uma possibilidade de organização. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 189, Febrero de 2014.

DEMO, P. Avaliação qualitativa. Campinas: Autores Associados, 2008.

MINAYO, M. C.S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes, 2007.

ISAYAMA, Hélder Ferreira. Reflexões sobre os conteúdos físico – esportivos e as vivências de lazer. In: MARCELLINO, Nelson Carvalho. Lazer e cultura. Campinas: Alínea, 2007.

 
Fátima Galetto
por MARIA DE FÁTIMA GALETTO - sábado, 12 Mar 2016, 19:35
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Esccrevi:

Mente são corpo são, quando deveria ter escrito..."Mente sâ corpo são."

 
Jackson 17ª Turma
por JACKSON MARTINS CRUZ - sábado, 15 Ago 2015, 08:48
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Contorno Rodoviário de Florianópolis em 2018.

 
por SANDRA ELISA RAMALHO DA SILVA - segunda, 6 Out 2014, 10:03